Eu ganhei algum destaque no início da minha carreira de jornalismo escrevendo sobre um dos meus assuntos favoritos: cultura pop, naquele tempo chamada "cultura de massas". Em 1980 reuni artigos que tinha escrito em veículos como o semanário Movimento e a revista IstoE nesta coletânea publicada pela Proposta Editorial. Contei com a ajuda de Lu Gomes (diretor de arte) e Flávio Del Carlo (ilustrador). Nessa época em que livros eram editados com cartolina e cola Prit, tive também o apoio de um grupo de amigos que trabalhou de forma voluntária. Auika ficou tão bonito que uma resenha da revista Playboy disse que a arte já valia o preço. Da minha parte, gosto da concepção do livro. Mas não gosto de muitos dos textos, marcados por um panfletarismo pueril (eu tinha 27 anos). Mesmo assim, Auika! virou referência para uma geração de estudiosos da matéria.