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Tzubra-Tzuma
1983

 
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O Grotão (1980) foi uma espécie de "superprodução em 16 milímetros". Envolveu grande elenco, diversas locações, trucagem. Flávio Del Carlo resolveu então produzir e dirigir um novo filme mais "íntimo" e pediu minha ajuda para pensar num argumento e escrever o roteiro da animação. Pensamos a princípio numa paródia aos filmes de  Flash Gordon e outros heróis do espaço. Bolamos a história (sem palavras) de um herói sem nome e sua heroína que faziam uma viagem até um planeta, escravizariam os nativos, que fariam sua revolução para se livrar do opressor imperialista. Aí resolvemos dar um basta para esse panfletarismo tosco e esquemático. Criamos então Tzubra-Tzuma, que começava da mesma forma, com a partida do casal de heróis. Mas a nave os levaria por um universo de símbolos universais das crenças e civilizações humanos. O final refletiria nossa maior preocupação na época, a possibilidade de uma guerra apocalíptica. Eu formatei o roteiro, editei a trilha musical e o Flávio desenhou cada cena, num tempo em que não havia nada parecido com computação gráfica. Contamos com a ajuda voluntária de amigas e amigos que pintavam os acetatos. Tzubra-Tzuma venceu o Festival de Gramado daquele ano, na categoria Curta Metragem. Recebeu outros prêmios nos festivais de Murcia, Moscou e New York.

 
 
 
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Convite de lançamento de O Grotão, produzido (e estrelado) por

Flávio Del Carlo. Cada convite trazia um fotograma único.

 
 
 
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