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  • Foto do escritorDagomir Marquezi

Hermínia Hamu (1934 - 2022)


Minha tia Hermínia era uma das minhas definições pessoais de bondade. Sempre rindo, sempre divertida, sempre disposta a me servir mais um café. Ela era corajosa também. Casou-se com meu tio Ramon, que era cego. O que foi considerado uma loucura para uma mulher de origem pobre. O Ramon acabou se tornando o mais bem sucedido da minha família, como um mago da fisioterapia.


Há muito tempo que eu não via minha tia Hermínia, por seus problemas de saúde. Ela estava internada em Paulínia, no interior de São Paulo. E eu podia muito bem ter feito uma visita, se a gente não vivesse cercado de desculpas. Desculpas que depois florescem em culpas, que devemos carregar pelo resto das nossas vidas.


Espero que minha tia Hermínia me perdoe por isso. Ela merecia muito mais de mim. Foi na sua casa que passei os melhores natais da minha vida. Agradeço a Deus por ter me dado a chance de conhecer essa mulher, que sempre foi uma alegria e exemplo na minha vida.





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